A atriz Samara Felippo comenta decisão da Justiça sobre o caso de racismo contra a sua filha; episódio aconteceu em abril do ano passado
Nesta quarta-feira, 16, a atriz Samara Felippo, de 46 anos, veio, em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, expor o seu descontentamento com a decisão da Justiça sobre o caso de racismo contra sua filha. No registro, a artista afirmou que nada aconteceu após sua filha ser vítima de racismo.
“Para quem me segue aqui há um tempo, já tem ciência do ocorrido com a minha filha em abril do ano passado, um caso explícito escancarado de racismo numa escola tradicional aqui de São Paulo. Para o total de zero surpresas, nada aconteceu”, informou.
A ex-estrela da Globo ainda ressaltou que seguirá lutando contra a discriminação racial: “Eu ainda estou nessa luta e não só pela minha filha, mas pelos inúmeros casos de racismo que continuam acontecendo recorrentemente com adolescentes e crianças nas escolas. E também pelas mães, mães pretas, que são invisibilizadas, exaustas e sem saúde mental e, muitas vezes, sem grana, desistem.”
E destacou a importância do letramento racial. “Vocês precisam entender como é que o racismo é tratado na sua sociedade. No caso da minha filha, não pude ter acompanhamento dos meus advogados, não soube do resultado e fui totalmente forçada a aceitar uma ‘justiça restaurativa’, da qual não concordei em participar”, relatou.
Conforme a atriz, o ato contra a filha não foi interpretado como racista. “A defesa alegou que a frase escrita no caderno da minha filha, que está lá, não tinha viés racial. Parece piada, mas aqui o racismo sempre é relativizado e nunca levado a sério. Mas eu não me arrependo de ter denunciado”, concluiu.
Confira, abaixo, o desabafo de Samara Felippo na íntegra:
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— Só vídeos de celebs (@VideosDeCelebs) April 16, 2025
Relembre o caso
Em abril do ano passado, Samara Felippo contou que a filha foi vítima de racismo na Escola Vera Cruz, na Zona Oeste de São Paulo. Segundo ela duas alunas pegaram um caderno da jovem, que é negra, e escreveram uma ofensa de cunho racial.
As meninas ainda teriam destruído um trabalho que sua filha havia feito. O caderno foi devolvido posteriormente aos achados e perdidos da instituição.
Após registrar o boletim de ocorrência, a Secretaria de Segurança Pública disse que o caso foi registrado como preconceito de raça ou de cor na Delegacia Eletrônica. Confira detalhes!
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