Após perder 12 quilos, a apresentadora Ana Hickmann (44) abriu o coração nas redes sociais sobre sua relação com o corpo, alimentação e saúde emocional. Com honestidade, ela afirmou: “Tomei vergonha na cara”, referindo-se ao momento em que decidiu priorizar o autocuidado em meio a uma fase de grandes mudanças pessoais.
A transformação de Ana, no entanto, vai muito além da aparência física. Segundo a psicanalista Bruna Abrão, especialista em neuroemagrecimento, o emagrecimento sustentável precisa começar de dentro para fora, especialmente após períodos de estresse emocional intenso, como o fim de um relacionamento.
“O cérebro precisa sair do modo de defesa para que o corpo consiga emagrecer de forma saudável. Quando estamos sob pressão emocional, a tendência é usar a comida como refúgio, o que dificulta qualquer plano de mudança”, afirma.
Para Bruna, a fala da apresentadora sobre não ter feito nada radical e respeitado o próprio tempo é um exemplo de abordagem inteligente. “Ela mostra que entendeu algo fundamental: não é sobre dieta restritiva ou corpo perfeito. É sobre estar bem com quem se é e construir uma rotina que respeite isso.”
A especialista também ressalta que a relação com a comida é construída ao longo da vida, muitas vezes com influência de crenças familiares, cobranças sociais e autossabotagens silenciosas. “Comida está muito ligada à emoção. Não adianta cortar calorias sem entender o que te faz comer em excesso. Quando Ana fala das tentações no trabalho e nas gravações, ela revela um cenário que muita gente vive: a disponibilidade constante de alimentos prazerosos e o comer automático.”
Ao celebrar os resultados, Ana ainda fez questão de dizer que foi no próprio ritmo e que não buscou perfeição. “Essa fala é libertadora”, diz Bruna. “Em vez de se cobrar resultados rápidos, ela se respeitou. E é esse tipo de mudança de mentalidade que sustenta o emagrecimento a longo prazo.”
A psicanalista destaca que casos como o de Ana Hickmann ajudam a desmistificar a ideia de que emagrecer é apenas uma questão de força de vontade. “É também uma questão de saúde mental. Quando a mente se organiza, o corpo responde. E a autoestima, como no caso dela, floresce naturalmente”, finaliza.